A mobilidade elétrica está a transformar o panorama urbano em Portugal e as novas construções terão de acompanhar esta tendência, nomeadamente na disponibilização para permitir o carregamento de veículos elétricos.
Conforme publicação recente do PortalEnergia, para os edifícios antigos, não há obrigatoriedade de adaptação. No entanto, o decreto-lei recentemente aprovado pelo Governo, permite que qualquer condómino, arrendatário ou ocupante legal instale pontos de carregamento, desde que cumpram os requisitos técnicos definidos pela Direção Geral de Energia e Geologia (DGEG).
A instalação em áreas comuns do prédio requer uma comunicação prévia à administração do condomínio, com pelo menos 30 dias de antecedência. A administração só pode opor-se se o equipamento colocar em risco a segurança de pessoas ou bens, ou se dificultar o acesso aos espaços comuns.
A possibilidade de carregar o carro em casa é uma vantagem significativa para os proprietários de veículos elétricos. Evita deslocações desnecessárias a postos de carregamento públicos e reduz o tempo de espera. Além disso, o custo de carregamento doméstico tende a ser mais baixo, o que pode representar uma poupança considerável a longo prazo.
Do ponto de vista ambiental, esta medida contribui para a redução das emissões de CO2, alinhando-se com os objetivos do Pacto Ecológico Europeu.
A transição para veículos elétricos é um passo crucial para combater as alterações climáticas, e a adaptação das infraestruturas urbanas é essencial para garantir que esta transição seja bem-sucedida.
Por outro lado, há preocupações sobre os custos iniciais para os promotores imobiliários. No entanto, estudos indicam que o investimento em infraestruturas de carregamento pode aumentar o valor de mercado dos imóveis, tornando-os mais atrativos para potenciais compradores.
A adaptação das infraestruturas urbanas às necessidades dos veículos elétricos não é apenas uma questão de conveniência, mas uma necessidade urgente. Com o aumento contínuo da procura por carros elétricos, é fundamental que os edifícios estejam preparados para suportar esta mudança.
Para os condomínios já existentes, a instalação de pontos de carregamento pode ser feita de forma faseada, com o apoio de incentivos governamentais e parcerias com empresas especializadas. A chave está em planear com antecedência e garantir que as infraestruturas elétricas estejam dimensionadas para suportar a carga adicional.
Esta medida representa um avanço significativo na transição para uma mobilidade mais sustentável em Portugal, preparando o país para os desafios e oportunidades do futuro.